//FERNANDO PESCIOTTA// Razões do ódio



Entre 2017 e 2023, período do traíra e do genocida, o Brasil teve aumento significativo da concentração de renda, principalmente no topo da pirâmide. A razão essencial é a substituição da renda do trabalho pelos lucros e dividendos isentos do Imposto de Renda.

Ou seja, graças a uma política pública acentuada durante e no pós-covid, os exageradamente ricos ampliaram a distância galáctica que têm para os mais pobres. Além dos benefícios provocados pela lógica tributária perversa, os ricos foram poupados na pandemia e os pobres, condenados a mais pobreza e, muitas vezes, à morte.

A constatação do aumento da concentração de renda é resultado de estudo dos economistas Frederico Dutra, Priscila Monteiro e Sérgio Gobetti com base na declaração do Imposto de Renda. Segundo eles, houve uma “mudança estrutural” agravada no pós-pandemia.

Essa é uma das razões de o governo Lula querer taxar os super-ricos. Daí o ódio da elite econômica ao petista.

A reação da elite econômica ajuda a explicar o motivo de tanta badalação em torno de um possível candidato que promete retomar o ataque aos pobres e elevar ainda mais o status dos muito ricos.

No final de semana, Alexandre Bettamio, um dos cabeças do Bank of America (BofA), organizou um almoço em sua mansão no milionário condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz.

Recebeu os poderosos dos maiores bancos e empresas do País. No centro deles, Tarcísio de Freitas fez um discurso de duas horas, com direito a uma saraivada de sandices contra Lula, sob aplausos.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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