//FERNANDO PESCIOTTA// Ratos



Os governadores de extrema-direita perderam a vergonha e a compostura ao anteciparem a campanha presidencial. A estratégia de gente como Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Eduardo Leite e Ronaldo Caiado é ocupar um espaço aberto pela inelegibilidade do miliciano.

A movimentação escancarada inclui presença em eventos do agronegócio e de banqueiros, locais onde podem elevar o tom no ataque desenfreado ao presidente Lula sem serem rebatidos.

Esse comportamento irritou os filhos do miliciano, para quem os governadores agem como “ratos”. Devem saber do que dizem, pois sempre estiveram juntos no mesmo esgoto.

Esse “juntos” inclui os “oportunistas”, os golpistas e empresários levianos, que agora abrem as portas para os governadores e prometem repetir os mesmos crimes que cometem há décadas.

Relatório do Ministério Público do Trabalho aponta o recebimento de 3.145 denúncias de assédio eleitoral na disputa de 2022. Todos envolvendo a tentativa de voto de cabresto em Bolsonaro. Diante do medo de perder o emprego, esse número é considerado “irrisório” pelo MPT.

Em cidades menores, apontam estudiosos, não é raro as empresas monitorarem os mapas eleitorais para saber se seus empregados votaram nos candidatos indicados pelo patrão mesmo nas eleições municipais.

São os demais ratos, todos juntos com os ratos tradicionais contra os trabalhadores, numa ameaça eterna à democracia.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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