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A atuação dos líderes pentecostais, principalmente no Brasil, está aí para provar que os movimentos religiosos nunca estiveram apartados da política. Nem antes e muito menos depois de Cristo, visto até por católicos progressistas como vítima de perseguição política.
Essa é mais uma razão da importância da escolha do papa para suceder Francisco, cuja gestão na Igreja Católica é considerada revolucionária por alguns e reformista por muitos.
Francisco colocou a igreja mais próxima dos católicos, tentou andar junto com os mais pobres e defendeu uma melhor distribuição de renda, sem esquecer a defesa ambiental para a sobrevivência humana.
O Colégio Cardinalício, composto por 135 cardeais de todo o mundo (80% indicados por Francisco), seguirá algumas orientações na escolha do novo papa, mas deve ser muito pressionado pelos conservadores que perderam espaço.
Segundo analistas, o maior favorito é o italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, o segundo posto mais importante da igreja. Foi o primeiro cardeal nomeado por Francisco, em 2013. Diplomata conceituado, já atuou na Nigéria, Venezuela e México, e esteve em negociações sensíveis com a China, Vietnã e Oriente Médio.
Com uma visão mais periférica e de forma a valorizar a ação da igreja fora da Europa, aparece como candidato o atual cardeal arcebispo de Manila, o filipino Luis Antonio Tagle. É valorizado por seu compromisso com a justiça social, combate à pobreza e pela defesa dos direitos humanos e do diálogo inter-religioso.
O italiano Metteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha desde 2015 e nomeado cardeal por Francisco em 2019, também é cotado. Presidente da Conferência Episcopal, é considerado progressista.
Há ao menos outros 12 possíveis papas na lista. A escolha, seja como for, revelará os caminhos que a Igreja Católica seguirá num mundo político mais conturbado e onde os mais pobres precisam de apoio.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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