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Há sinais evidentes de que o crescimento da economia perde fôlego no final de ano, em grande parte por causa dos juros ainda resistentemente altos. Mas o resultado do PIB no terceiro trimestre mostra também que há resistência ainda maior do mercado financeiro e até da imprensa, incapaz de ter um olhar crítico às avaliações dos tais “analistas” de bancos.
A alta no período foi de 0,1% em relação ao segundo trimestre, acima, portanto, do recuo de 0,2% estimado por analistas consultados pelo jornal Valor Econômico ou de 0,3%, conforme levantamento da agência internacional Bloomberg.
Ou seja, todo mundo errou, o que levou até o presidente do BC, Roberto Campos Neto, aquele, a brincar com a situação: “A melhor forma de levar o nome à ruína é pedir conselho de economista”, reconhecendo que os “especialistas” erram muito. Mas erram sempre contra o governo Lula, nunca a favor.
Pelo lado da demanda, o resultado do PIB se apoia no consumo das famílias, que teve expansão acima de 1% pelo terceiro trimestre seguido, agora de 1,1%. O mercado de trabalho ainda forte, com desemprego em baixa e renda em alta, e as políticas públicas de distribuição de renda e de renegociação de dívidas ajudam a explicar o consumo e mostram o acerto do governo Lula.
O investimento, porém, caiu, resultado da má vontade do Banco Central em acelerar a queda dos juros e da classe empresarial em seguir a cartilha do risco inerente à atividade, o que parece ser mais uma posição política do que técnica e sustentada pelos “especialistas” dos bancos.
Do lado da oferta, o setor de serviços cresceu 0,6%, mesmo índice da indústria. Essa é outra boa notícia, pois o setor de serviços, que demorou para se recuperar da pandemia, é o principal empregador no País e responde por 70% do PIB.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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