Deputados da base aliada do governo atribuíram a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar o projeto de “dosimetria” a uma insatisfação com o governo por causa de dinheiro, claro.
Suas senhorias alegam atraso no pagamento de emendas parlamentares.
O jornal O Globo flagrou uma conversa de deputados logo após a reunião de líderes na qual foi anunciada a agenda de tortura de Motta para aliviar os golpistas e saborear o centrão.
Nessa conversa, o deputado Leo Prates (PDT-BA), diz que o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, reclamou que 58% das emendas estão atrasadas. Motta então disse que precisava de ajuda para as emendas. Os líderes do governo, José Guimarães, e do PT, Lindbergh Farias, asseguraram que as emendas seriam pagas até dia 30.
“Sabia que vinha esculhambação”, afirmou Prates.
Em São Paulo, as empresas de ônibus deixaram de pagar o 13º para forçar um lockout e acertar as contas com a prefeitura, que fingiu que não viu. Na Câmara, Motta usou insatisfação de deputados para atender ao centrão, livrar os golpistas e tirar Flávio da disputa presidencial.
Tão vergonhoso quanto isso foi manter o mandato de Carla Zambelli. A razão para isso não se sabe, mas espera-se que o STF e o conjunto da sociedade se faça cumprir a Constituição e acabem com mais essa esculhambação.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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