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Alunos premiados e professores da EE Dr. Jovino Silveira |
As integrantes da comissão julgadora da segunda edição do Prêmio Vladimir Kapor de Cidadania, promovido pela Casa da Cultura e Cidadania Dalmo Dallari, com apoio do Viva! Serra Negra, se surpreenderam com a profundidade do pensamento dos estudantes das escolas públicas e privadas do município ao analisarem as condições econômicas, culturais e sociais da cidade.
Os textos revelam que para os estudantes serranos, a natureza, o povo e a família são as maiores riquezas de Serra Negra e que o título de Cidade da Saúde foi o que trouxe prosperidade para o município. “Eles têm a noção de que a natureza é que dá a vantagem comparativa na economia”, afirmou Stela Maris Dallari, uma das integrantes da comissão julgadora.
Entre os temas abordados nas redações, a família, a natureza, os parques, as praças, as flores e o Alto da Serra foram os mais citados nas redações.
Os alunos têm consciência de que foram as fontes de água mineral que deram ao município o título de Cidade da Saúde e que se tornaram motor da economia do município. “Eles têm consciência da água. Todos eles sabem qual foi a qualidade da água mineral que colocou Serra Negra no mapa comercial”, explicou.
Essa é a mesma percepção de Svetlana Kardash Salvador, outra integrante da comissão julgadora. Estudantes que nasceram em outros municípios e vieram morar em Serra Negra destacaram a natureza, o meio ambiente e a água como o diferencial de Serra Negra em relação aos lugares onde moravam.
“Fiquei bem comovida com as redações. Algumas muito criativas, em que os alunos se colocaram como personagens, outros se abriram e expuseram sentimentos”, disse. Os alunos destacaram também a importância dos moradores da cidade e revelaram que se sentem anfitriões dos visitantes.
As redações revelam, no entanto, a necessidade de acolhimento e de atenção da sociedade a esses jovens. A família aparece como o porto seguro das crianças e adolescentes. Muitos relataram passeios com os pais e familiares e de forma subliminar revelaram suas angústias e conflitos de adolescentes de uma geração engajada no mundo digital e que enfrentou a maior pandemia da história da humanidade.
A natureza parece ser a válvula de escape para esses sentimentos. “Senti que eles têm pensamentos pesados e que no contato com a natureza e no caminhar com os pais isso alivia”, afirmou Stela. Ela não soube dizer o que angustia os jovens que não se abrem sobre isso. Svetlana disse que teve a mesma percepção.
“Às vezes uma citação de luto ligada à família, escola, a idade adolescência, problemas existenciais” afirmou Svetlana. “Muitos disseram que quando estão em contato com a natureza conseguem se sentir mais leves assim como quando estão com a família.”
“No Alto da Serra quase toquei o céu”, escreveu um aluno em uma das redações, expressando, na opinião das julgadoras, o efeito calmante da natureza sobre seus pensamentos.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada (ex-Estadão e Gazeta Mercantil) e editora do Viva! Serra Negra
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