//POLÍTICA// Câmara vota projetos sobre violência doméstica e preservação da história de Serra Negra
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Enchentes ocorrem no município, principalmente no centro da cidade, no vale estreito do Ribeirão Serra Negra, que no passado foi equivocadamente ocupado e, na década de 70 canalizado e definitivamente e sepultado.
Esse foi um enorme erro do passado, cuja conta chega até os dias de hoje (enchentes).
Infelizmente continuamos escolhendo caminhos duvidosos, como a ocupação do que seria o Parque Municipal Bosque do Gurupiá.
Espero que salvem o Parque Municipal da Pedreira, que por enquanto só existe na minha imaginação.
Para mitigar esse problema, ou seja, minimizar tanto a frequência de ocorrências de enchentes e a sua magnitude, parece indispensável que nos novos loteamentos que ainda não foram implantados, independentemente da bacia hidrográfica a que pertencem, o empreendedor implante um reservatório de retenção de águas pluviais nos moldes dos recomendados no guia prático para projetos de pequenas obras hidráulicas do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo).
Nada de lago seco, que é de fácil projeto e de fácil construção, mas sim preferencialmente lagos que, além de ter a função de retardar as ondas de cheias, embelezam a paisagem da cidade.
Esses reservatórios devem ser projetados e construídos considerando que toda a superfície do loteamento será impermeabilizada um dia, afinal o município não tem capacidade para fiscalizar as construções, conforme já comentado em artigo anterior: “Quando se vê, já está com 100% impermeabilizado.”
Em termos de taxa de ocupação e taxa de permeabilidade, o Plano Diretor que está sendo feito não traz nenhuma novidade com relação à Lei das Construções 2.288/1997. Parece que continua tudo igual, favorecendo o mercado imobiliário (empreiteiros, lojas de materiais, corretores e especuladores) e se esquecendo do munícipe e da qualidade de vida.
A única novidade é a redução do coeficiente de aproveitamento, o que é positivo, mas talvez devesse ser ainda ser mais limitado em algumas zonas, principalmente nas ZECs (Zonas de Expansão Controlada).
O novo Plano Diretor continua a generalizar a Taxa de Ocupação (TO) e a Taxa de Permeabilidade (TP) em toda a área urbana, sem levar em consideração a vocação de cada área, aspectos geográficos, ambientais, geológico-geotécnicos, de mobilidade...
Chama a atenção a baixa taxa de permeabilidade (TP) em toda a área urbana, independentemente da localização e da topografia.
Será que 30% de taxa de permeabilidade não é pouco para uma região com topografia acidentada?Sabemos que o tempo de concentração é baixo, ou seja, o tempo que a água da chuva leva para percorrer o topo das montanhas, descer por suas vertentes e chegar nos pontos baixos, é curto.
TP de 30% para áreas de expansão controlada (ZECs) é adequado? Onde está o controle? E qual será o controle? Não se percebe claramente a diferença entre uma ZEC e uma ZPR1, por exemplo.
Não vamos ter mais problemas de enchentes caso a cidade cresça com os parâmetros de TO e TP indicados no Plano Diretor 2022 apresentado? E o problema pode crescer se realmente não houver fiscalização e, de acordo com o vereador Renato Giachetto, não há.
O que será feito para mitigar o problema das enchentes?
NO PRÓXIMO ARTIGO: A ALTURA DAS CONSTRUÇÕES
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Marcelo de Souza é engenheiro civil
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Muito obrigado pela informação ☺️
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