//PANDEMIA// Câmara aprova projeto que torna academias de ginásticas essenciais



A Câmara Municipal de Serra Negra aprovou por unanimidade nesta segunda-feira, 21 de junho, o projeto de lei que reconhece a prática da atividade física e do exercício físico como essenciais para a população.

A aprovação do projeto torna as academias serviços essenciais e as desobrigam de fechar as portas e seguir as medidas municipais mais restritivas de funcionamento da economia durante a pandemia. 

Empresários de outros setores reagiram, reivindicando a reabertura dos estabelecimentos de todos os setores da economia serrana.

Além da importância da prática de atividade física para a prevenção de riscos de doenças e até o tratamento de covid-19, os autores do projeto argumentam que os decretos municipais impõem medidas restritivas de funcionamento às academias impedindo-as de funcionar durante a pandemia.

De autoria do vereador Renato Giachetto (DEM), da situação, de Roberto de Almeida (Republicanos), da oposição, e do presidente da Câmara, César Augusto Borboni (PSC), o Ney, também líder do governo na Câmara, o projeto recebeu apoio incondicional de todos os vereadores. “Todos se empenharam direta ou indiretamente para que isso acontecesse”, afirmou Giachetto.

Ao justificar seu voto favorável ao projeto, o vereador Rosimar Gonçalves da Silva (Republicanos) destacou o alto investimento financeiro de empresários serranos em academias e espaços para a prática de atividade física, que estariam, segundo ele, acumulando prejuízos durante a pandemia.

“Ninguém imaginava essa pandemia prejudicar os donos de academia, como o Di, que fez investimento muito alto e está lá uma academia bonita, e as demais que a gente vê paradas. É um investimento muito alto, os aparelhos são caríssimos”, afirmou o vereador se referindo à Di Sports Academia.

Apesar da justificativa do vereador Rosimar, o presidente da Câmara negou que o projeto tenha sido elaborado com o objetivo de atender aos interesses financeiros das academias e das empresas do setor, mas que sua elaboração seguiu orientações médicas.

“Eu não funciono sob pressão. As lojas me pedem isso quase todas as horas do dia”, salientou Ney. O presidente da Câmara argumentou ainda que houve ampla discussão do projeto antes de sua aprovação.

“O projeto já foi muito discutido, cumprindo os protocolos, que não cabe a nós, que eles vão discutir com as academias e com os professores. Tenho certeza que estamos votando uma lei com muita consciência e tranquilidade”, salientou.

Se aprovado pelo Executivo, as academias se tornam atividade essencial e ficam de fora de decretos municipais que preveem o fechamento da economia, embora tenham de seguir as determinações de decretos estadual e federal.

Comércio pede reabertura imediata

A aprovação do projeto de lei pela Câmara Municipal, no entanto, estimulou outros setores a reivindicarem maior flexibilização das leis de funcionamento da economia no município. 

O presidente da Associação Comércio Forte, Rafael Accorsi, é favorável ao projeto, mas reivindica a retomada imediata das atividades econômicas nos demais setores.

“O Comércio Forte é favorável à retomada consciente de todas as atividades com urgência. Não apenas das academias, por meio desse dispositivo votado na Câmara”, afirmou.

Accorsi argumenta que os decretos municipais já se mostraram ineficientes devido à ligação entre os municípios da região. 

“A região é interconectada em diversos setores, incluindo a saúde. Se fecham uma cidade, uma quantidade de pessoas migra para outra e depois retorna, colocando a eficácia desses lockdowns à brasileira na berlinda. Não salvam vidas e destroem a economia”, concluiu o empresário. 

O projeto tem de ser  sancionado pelo prefeito Elmir Chedid (DEM). Se vetado pelo Executivo, será submetido a nova votação na Câmara Municipal. 


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