- Gerar link
- Outros aplicativos
- Gerar link
- Outros aplicativos
Fernando Pesciotta
A compra da vacina indiana vai se transformando num pesadelo para Bolsonaro. Analistas mais conservadores reconhecem que o caso pode ampliar o risco de impeachment.
Esse termômetro pode mostrar alta da febre a partir do depoimento marcado para esta sexta-feira (25), na CPI do genocídio, do deputado Luís Miranda, que trouxe a denúncia a público.
Bolsonaro confirmou ter se encontrado em março com o deputado, mas negou as suspeitas. Disse que "quem buscou armar isso daí vai se dar mal", repetindo a ameaça feita na véspera pelo ministro Onyx Lorenzoni. Coisa de miliciano.
O presidente disse que o fato de a vacina não ter sido entregue, de o pagamento, portanto, não ter sido feito, descaracteriza a corrupção.
Trata-se de uma falácia, de discurso a ser repetido pela milícia e pelos fiéis da seita bolsonarista.
O pagamento só não foi feito porque a vacina ainda não chegou. Mas o contrato está assinado. Tanto assim que o próprio Ministério da Saúde discute a hipótese de cancelá-lo.
Bolsonaro prevaricou. Disse ao deputado Luís Miranda que acionaria a Polícia Federal para investigar o caso. Agora a PF informa que nunca foi acionada para abrir inquérito. Prevaricação é crime que leva ao impeachment.
O genocida também foi alertado pela Embaixada brasileira na Índia que o preço da vacina estava muito acima do que deveria. O Brasil aceitou pagar US$ 15 por dose.
O fabricante da Covaxin, o laboratório Bharat Biotech, confirma o preço e alega que esse valor tem por objetivo compensar a venda a preço baixo para o governo indiano, que ajudou no desenvolvimento do imunizante.
O laboratório tenta dar uma desculpa que nem Bolsonaro conseguiu inventar. Mas o fato é que as versões não se encontram. A tampa do bueiro está começando a ser levantada.
--------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.