//PANDEMIA// Covid-19 faz mais duas vítimas fatais em Serra Negra



Depois de oito dias sem registrar mortes, a prefeitura de Serra Negra informou, nesta quarta-feira, 14 de abril, que mais dois pacientes morreram vitimados pela covid-19: um homem de 45 anos de idade, sem comorbidades, que estava internado no Hospital Santa Rosa de Lima, e um homem de 59 anos de idade, com comorbidades. Esse último óbito ocorreu em 22 de fevereiro, em Campinas. 

Até agora, 44 pessoas morreram em consequência da doença provocada pelo coronavírus.

O boletim da prefeitura registra ainda mais 15 casos de covid-19 na cidade, elevando para 1.699 o total desde o início da pandemia. Até ontem, 13 de abril, a média de novos casos diários era de 6,6.

Há 73 pacientes em isolamento domiciliar e 12 hospitalizados, quatro deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Níveis preocupantes

A pandemia deve permanecer em níveis preocupantes ao longo do mês de abril, segundo dados do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira (14).

Na Semana Epidemiológica 14 - período compreendido entre de 4 a 10 de abril - a tendência de alta de transmissão da covid-19 se manteve no país, segundo o boletim, com valores recordes no número de óbitos, atingindo uma média de 3.020 mortos por dia, e um aumento de novos casos, com média de 70,2 mil casos diários. A análise aponta também que a sobrecarga dos hospitais continuou em níveis críticos no período.

A alta proporção de testes com resultados positivos revela que, durante esse período, o vírus permanece em circulação intensa em todo o país. Segundo os pesquisadores do observatório, o quadro epidemiológico pode representar a desaceleração da pandemia, com a formação de um novo patamar, como o ocorrido em meados de 2020, porém com números muito mais elevados de casos graves e óbitos.

Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) se manteve predominantemente estável e muito elevada. Destacam-se a saída do Maranhão (78%) da zona de alerta crítico para a zona de alerta intermediário e quedas significativas do indicador no Pará (87% para 82%), Amapá (de 91% para 84%), Tocantins (de 95% para 90%), Paraíba (de 77% para 70%) e São Paulo (de 91% para 86%).

Vacinação

O boletim traz ainda um painel sobre a vacinação no Brasil. Do total das pessoas vacinadas (27.567.230) até o dia 10 de abril, 30,2% completaram o esquema vacinal com duas doses e 69,8% receberam apenas a primeira dose do imunizante.

Para controlar a disseminação da pandemia e preservar vidas, os pesquisadores reforçam que é fundamental que os municípios brasileiros, em especial dentro das regiões metropolitanas, adotem medidas convergentes e sinérgicas.

“As medidas de restrição de mobilidade e de algumas atividades econômicas, adotadas nas últimas semanas por diversas prefeituras e Estados, estão produzindo êxitos localizados e podem resultar na redução dos casos graves da doença nas próximas semanas. No entanto, ainda não tiveram impacto sobre o número de óbitos e no alívio das demandas hospitalares. A flexibilização de medidas restritivas pode ter como consequência a aceleração do ritmo de transmissão e, portanto, de casos graves de covid-19 nas próximas semanas”, alertaram os pesquisadores da Fiocruz. (Com informações da Agência Brasil)

Comentários