//ANÁLISE// Os exemplos dos EUA e do Paraguai

                                                                                                                              

Fernando Pesciotta

Alguns analistas insistem que Jair Messias mudou sua postura em relação à pandemia ao supostamente defender a vacina. Ele fez isso num ato isolado, puro marketing. Messias continua sendo o mesmo cretino de sempre no tocante a isso aí.

Um dia depois de usar máscara numa cerimônia no Planalto, ele criticou Ibaneis Rocha, do Distrito Federal, e outros governadores que adotaram medidas restritivas.

Segundo o capitão cloroquina, “o efeito colateral do combate ao vírus está sendo mais danoso do que o próprio remédio. Lockdown não é remédio”.

Araraquara, que adotou isolamento rigoroso há 20 dias, começa a registrar queda de novos casos.

A insanidade de Bolsonaro e sua falta de empatia não têm limites. Na transmissão que faz pelo Facebook, ele disse ser fácil impor uma ditadura no Brasil, que ele é o chefe do Exército e citou a ditadura. Golpista.

De forma reveladora da sua imbecilidade, para atacar o lockdown ele ainda leu uma carta supostamente de um suicida.

Falta de isolamento e o surgimento de novas variantes do coronavírus levaram o País ao caos. Na região Sul, que concentra governantes mais alinhados com Bolsonaro, a população se comportou como determina o Messias.

O resultado é que em 35% dos municípios as mortes em dois meses de 2021 já são em maior número do que ao longo do ano passado.

No Paraguai, onde a pandemia é menos devastadora do que no Brasil, a população se cansou do descaso do presidente Mario Abdo e exige sua renúncia. Há protestos nas ruas de várias cidades.

Nos EUA, o descaso do ídolo de Bolsonaro o levou à derrota. Após a saída de Donald Trump, a vacinação avança rapidamente. O presidente do país, Joe Biden, anuncia que toda a população adulta terá vacina disponível a partir de 1º de maio.

A independência dos EUA, em 4 de julho, será comemorada com festas populares, nas ruas. Bastou enxotar Trump para a ciência triunfar.

Que EUA e Paraguai nos sirvam de exemplo e nos tirem do fracasso enquanto sociedade.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com