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Plantas ficam expostas na barraca, sem vendedor: quem compra deixa o dinheiro num cofrinho
Salete Silva
A barraquinha de vasinhos pegue e pague instalada na Rua Norberto Quaglio, 684, em frente à caixa de água da Sabesp, chama a atenção de quem passa pelo local tanto pelo capricho do cultivo das plantas quanto pelo sistema de venda baseado na relação de confiança com o cliente.
Os vasinhos ficam expostos e os interessados podem escolher, deixar o dinheiro no caixa e levar sua planta para casa.
Quem adquire um vasinho no sistema pegue e pague ou que simplesmente passa pelo local quer saber: “Quem é o serrano que monta um negócio confiando na honestidade do cliente?”.
Patrícia: amor às plantas |
A vendedora de plantas que aposta na honestidade dos serranos é Patricia Maximiano, de Tangará da Serra (MT), que mora há três anos em Serra Negra.
Até 2017, Patrícia vivia com a família em São Paulo. Seus pais já conheciam Serra Negra e decidiram fixar residência por aqui há três anos.
Patrícia revela que herdou da mãe o amor pelas plantas. “Desde criança vejo minha mãe conversando com as plantinhas”, afirma.
Foi assim que adquiriu o gosto pelo cultivo, em especial de plantas suculentas, que possuem raiz, talo ou folhas engrossados para permitir o armazenamento de água em quantidades superior aos das plantas normais e se adaptar a ambientes áridos.
Patrícia cultiva as plantas na casa dos pais e desde que chegou a Serra Negra planejava vender as mudinhas.
A inspiração veio de uma reportagem sobre um produtor de legumes e verduras que vendia seus produtos no sistema de pegue e pague na beira de uma estrada.
A experiência tem dado certo. Ela vende cerca de cinco vasinhos por semana. Além das suculentas, oferece outras espécies de plantas cultivadas com mudas doadas ou adquiridas.
O caixa da barraca: aposta na honestidade dos fregueses |
Para quem quer entrar em contato, Patrícia deixa seu número de telefone numa placa. “Muitas pessoas ligam para agradecer e outras para confirmar se o sistema é mesmo pegue e pague.
Patrícia conclui que o Brasil é um país de cidadãos civilizados que precisa de mais investimentos em educação.
Só não é possível adquirir as plantas aos sábados. Patrícia é adventista e não trabalha nesse dia. “Não compramos nem vendemos nada aos sábados”. Uma placa avisa os clientes com a citação do Êxodo: 20: 8-11 que se refere à santificação dos sábados. “Os clientes têm respeitado isso também", revela Patrícia.
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