//NOTAS SERRANAS// Prefeitura vai aumentar repasse ao Hospital Santa Rosa de Lima



Os vereadores e o prefeito Elmir Chedid se reuniram na segunda-feira, 24 de novembro, com a direção da Associação Santa Casa de Misericórdia de Serra Negra, mantenedora do Hospital Santa Rosa de Lima. Novo encontro deve ser marcado para definir melhor as soluções para os problemas e denúncias de negligência no atendimento do Pronto-Socorro. O prefeito se comprometeu a elevar o valor da subvenção mensal para o hospital, atualmente de cerca de R$ 1 milhão.

Fuga de médicos

A principal preocupação da Secretaria de Saúde e da direção do Hospital Santa Rosa de Lima é que as denúncias de negligência contra o Pronto-Socorro provoquem evasão de profissionais, em especial de médicos receosos de que a exposição na mídia e redes sociais comprometa sua imagem e carreira profissional. A avaliação das autoridades da saúde é que será necessário elevar a remuneração para garantir a permanência e a contratação de novos profissionais. O acréscimo de repasses seriam para custear salários e a oferta de novos serviços no Pronto-Socorro.  

Pacientes receosos

Se os médicos temem a exposição na mídia e redes sociais, pacientes estão deixando de procurar o Pronto-Socorro mesmo em casos de urgência com medo de possível negligência médica. A reportagem do Viva! Serra Negra recebeu a informação de que um paciente teria se recusado a procurar o Pronto-Socorro do Hospital Santa Rosa de Lima com receio do atendimento que iria receber. Posteriormente, ele foi diagnosticado com uma doença grave.

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IPTU parcelado

A vereadora Anna Beatriz Scachetti foi quem articulou a estratégia para forçar o prefeito Elmir Chedid a apresentar uma nova versão do projeto de lei do IPTU de 2026, incluindo um desconto também para o pagamento parcelado do imposto. Ela informou os colegas que pediria vista do projeto (solicitação de suspensão da votação). Os demais vereadores, que estavam dispostos a aprovar o texto sem o desconto no parcelamento, decidiram acompanha-la na decisão. Como em outras ocasiões, a negociação ocorreu nos bastidores, e assim a população ficou impedida de saber o que pensam e como se comportam os vereadores em relação a matérias importantes para a comunidade.

Descontos 

A nova versão do projeto de lei do IPTU de 2026, aprovado por unanimidade, prevê desconto de 7% para o contribuinte que pagar o imposto em parcela única e de 3% para o pagamento em parcelas. O projeto anterior dava desconto, de 10%, apenas para o pagamento em parcela única. 

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Mesas de bar



O decreto do prefeito Elmir Chedid que regulamenta uma lei de 1996 que permite a cessão e o uso dos espaços fronteiriços às "lanchonetes, bares, cafés, sorveterias, casas de doces e de sucos ou similares, localizados na Praça João Zelante e em outros locais públicos de características semelhantes", foi duramente criticado pelo vereador Cesar Borboni, conhecido como Ney, na última sessão da Câmara Municipal. Segundo o decreto, a taxa a ser cobrada pela utilização dos espaços públicos cedidos será calculada com base na metragem quadrada ocupada. "Tem de cobrar, mas tem de ter um olhar diferente, não dá para pegar uma lei de 1996 de aplicar agora", disse o vereador.

Nova reunião

Ney sugeriu que se faça uma nova reunião entre a prefeitura e os donos de bares e restaurantes, que segundo ele, estão muito insatisfeitos com o prejuízo que acreditam que terão com a aplicação do decreto da prefeitura. "O decreto tem de ser discutido, tem de se pensar numa outra forma de cobrar os comerciantes, é preciso ser justo com ambas as partes", disse. 

Comerciante é herói

O vereador afirmou ainda que a Praça João Zelante é "essencial" para o município e por isso o comércio instalado nela não pode sofrer com a cobrança de uma taxa que vai, segundo ele, onerar os empresários. Ney reforçou seus argumentos dizendo que os empreendedores brasileiros já pagam muitos impostos e taxas e não podem ser vistos como vilões. "Eles são heróis, não vilões", disse. Ele  informou que os bares e restaurantes da Praça João Zelante empregam cerca de 400 pessoas que "ganham muito" e que todos estão "felizes com os patrões".

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Tarifa Zero



As vereadoras Anna Beatriz Scachetti e Ana Bárbara Magaldi deverão protocolar requerimento solicitando à prefeitura informações sobre o transporte público coletivo de Serra Negra. "Precisamos de dados sobre custos da operação e número de passageiros, para vermos se é possível a cidade adotar o sistema da Tarifa Zero", disse Anna Beatriz, que participou, com a colega Ana Bárbara, do ato público em defesa da gratuidade do transporte público, no sábado, 22 de novembro, na Câmara Municipal, organizado pelo PT local.

Benefícios para todos

As duas vereadoras acreditam que a adoção da Tarifa Zero vai trazer inúmeros benefícios tanto para a população como para a economia da cidade em geral. Segundo elas, o sistema poderá ser implantado gradualmente, beneficiando primeiramente idosos e estudantes e sendo colocado em prática em datas especiais, como uma experiência piloto. Elas lembraram ainda que o governo federal já iniciou estudos para levar o modelo aos municípios e que cerca de 170 cidades já o adotam integral ou parcialmente. "A população está pedindo isso", disse Anna Beatriz.

Em estudo?

A Tarifa Zero está sendo adotada gradualmente em Bragança Paulista, cidade administrada por Edmir Chedid, irmão gêmeo do prefeito de Serra Negra. Por enquanto a gratuidade do transporte coletivo público está restrita aos domingos e a uma linha especial, mas em dezembro haverá catraca livre no período noturno, como forma de incentivar as compras natalinas. Na última sessão da Câmara Municipal serrana, o vereador Renato Giachetto disse que a questão está para ser "alinhavada" pela prefeitura. A mesma informação foi dada pelo presidente da Mesa Diretora, Wagner Del Buono.

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