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Nos anos 1980, principalmente, e 1990, era comum a imprensa explorar à exaustão a cena de algum dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI) escarafunchando os livros contábeis do Brasil.
Depois da visita “técnica”, a pessoa saía com uma pasta debaixo dos braços e parava à frente de milhares de jornalistas para deixar as recomendações do que o País precisava fazer.
As manchetes catastrofistas indicavam uma independência inalcançável, impossível. O Brasil só se livraria do FMI enxerido quando pagasse a dívida com o fundo, de mais de US$ 100 bilhões, considerada “impagável”.
Essa relação promíscua veio da época da ditadura, cuja gestão foi um desastre. Se arrastou com Sarney, Itamar Franco, Collor e FHC, mas Lula acabou com isso. Pagou a dívida e ainda deixou uma reserva que hoje soma mais de US$ 300 bilhões.
Desde o Barão de Mauá, é a primeira vez na história que o Brasil tem reserva internacional e não deve nada a ninguém. Pode-se dizer que Lula libertou o Brasil. E isso irrita investidores e agentes do mercado.
Mas o FMI não perde o jeito enxerido. Mesmo que não tenha mais nada a ver com o Brasil, dá palpites para uma parcelinha da imprensa ecoar.
Dizer a quanto chegará o déficit público não é da conta do FMI, principalmente quando chuta para lá de torto só para virar notícia e fazer marola para ser alavancada pelo mercado financeiro. É campanha política na veia.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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