//FERNANDO PESCIOTTA// Consignado e o trabalho formal



O novo programa de crédito consignado privado, lançado dia 21, surpreende analistas e supera todas as expectativas do mercado financeiro ao atrair 4,5 milhões de pedidos efetivos e contabilizar 40 milhões de simulações de contratação em menos de três dias.

Segundo o Ministério do Trabalho, foram feitas 40.180.384 simulações, que resultaram em 4.501.280 propostas e 11.032 contratos fechados no período.

O acesso à Carteira de Trabalho e Previdência Social digital está 12 vezes maior do que a média semanal.

O programa é visto pelo governo como um ganha-ganha. Traz vantagens para o trabalhador e trará lucro mais “sadio” para os bancos, pois reduz o risco em meio à inflação ainda acima da meta e juros mais altos.

Trata-se de um produto mais barato e mais seguro, graças às garantias existentes, o que resulta em taxas de juros menores do que as linhas tradicionais ofertadas no mercado financeiro.

A ideia é transferir grande parcela do crédito pessoal, das linhas convencionais do sistema financeiro, para o novo produto, o que só será possível para trabalhadores contratados pela CLT.

E essa é outra virtude do programa. Por ser um instrumento de incentivo à formalização do trabalho, mostra aos lunáticos que embarcam em ondas, que empreendedorismo é outra coisa, bem diferente do que está sendo plantado pela extrema-direita para desestabilizar o sistema formal. 

-------------------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


Comentários