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Toda vez que o Comitê de Política Econômica do Banco Central vai se reunir para decidir a taxa de juros, faz uma consulta prévia com economistas do mercado financeiro para balizar suas decisões futuras.
A última consulta, feita no final de janeiro, revelou que até os banqueiros acham que a dose está exagerada e não recomendam nova alta de um ponto porcentual a partir de maio.
Nesta quarta-feira (5), o ministro Fernando Haddad disse que a dosagem do remédio amargo terá um efeito mais incisivo e rápido do que se imagina.
“O choque de juros foi muito forte, então a resposta [sobre a inflação] virá mais rapidamente, e penso que poderemos ter uma acomodação mais rápida [dos preços]”, disse.
Pouco antes dessa declaração, o presidente Lula reafirmou sua preocupação com a inflação. Lula, melhor do que os banqueiros que o criticam, sabe muito bem como a alta de preços pode ser penosa para o trabalhador.
A história sindical de Lula, e todos os anos de governo que acumula, mostram sua consciência de que a felicidade das pessoas passa pela tranquilidade do orçamento familiar. Não querer enxergar isso é no mínimo má fé.
Ignora-se as muitas variáveis que fizeram os preços subirem em todo o mundo. Além disso, está claro para os mais responsáveis que há uma tendência de queda em 2025 para itens essenciais. Exagerar nas exigências de restrições é mais uma pressão política do que preocupação técnica.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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