//FERNANDO PESCIOTTA// Adesismo e o olhar político da economia

No presidencialismo de coalizão do Brasil, os partidos da base governista são aliados, pero no mucho. Essa adesão depende essencialmente da popularidade do presidente. Os “aliados” querem estar no poder com perspectiva de poder.

Neste momento, a fidelidade dessas alianças depende fundamentalmente da comunicação do governo, pois as entregas estão sendo feitas sem que a população perceba.

No cenário econômico, fundamental para a sustentação de Lula, o cenário absolutamente pessimista projetado pelo mercado financeiro se frustrou nesse início de ano, com valorização do real e alta das ações.

A Bolsa subiu 4,86% em janeiro, a melhor performance desde agosto do ano passado. O real teve alta de 5,54% frente ao dólar, a maior desde janeiro de 2019.

Para a vida prática das pessoas, o Brasil fechou 2024 com a menor taxa média de desemprego da série histórica, com 6,6%. O número de pessoas ocupadas nunca foi tão alto no País.

Juntando-se trabalhadores com carteira assinada e autônomos, o total de pessoas desocupadas também é recorde histórico.

Para o futuro próximo, pode-se ver sinais positivos e ameaçadores, dependendo do ângulo político que se olha as coisas. Para a grande mídia, aliada de Tarcísio de Freitas, os desafios são enormes. Não que não sejam, mas dados positivos são ocultados nessas análises.

Por exemplo, a maior preocupação do governo neste momento é o preço dos alimentos. Em janeiro, eles começam a dar uma trégua para os produtores, com expectativa de safra melhor.  

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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