//FERNANDO PESCIOTTA// A eleição continua

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Com destaque para São Paulo e para a disputa entre esquerda e direita, 15 capitais terão segundo turno na eleição municipal. Outras 11, portanto, liquidaram a fatura neste domingo, incluindo o Rio de Janeiro. No total, o PSD saiu na frente, com 878 prefeitos eleitos, tirando o MDB da liderança no País após 20 anos.

A exemplo de Serra Negra, entre abstenção e votos brancos e nulos, um terço do eleitorado brasileiro, em média, não escolheu nenhum candidato. Na Capital, 3,2 milhões de eleitores não votaram em ninguém, praticamente a soma de votos de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos.

Apesar dessa má vontade do eleitorado, São Paulo vai centralizar as atenções no segundo turno. Além de maior colégio eleitoral do País, a disputa envolve interesses políticos com consequências em 2026.

Apoiado pelo presidente Lula, Boulos passou para o segundo turno com 87 mil votos a mais do que Pablo Boçal e apenas 25 mil a menos do que Nunes, apoiado por Tarcísio de Freitas, que tem se comportado como se fosse ele o candidato.

Quarta colocada, com 9,91% dos votos, Tabata Amaral anunciou voto em Boulos, mas sem subir no palanque. José Luiz Datena, 1,84% dos votos, respondeu pelo pior resultado do PSDB na história.

O mapa eleitoral de São Paulo mostra que Boulos foi vitorioso na região central e nos extremos da cidade, especialmente nos bairros mais populosos da Zona Leste.

Nacionalmente, o PSDB é o maior fracassado neste domingo. Perdeu 47% dos prefeitos que havia elegido em 2020. O PT, por outro lado, cresceu 39%, para 248 prefeitos eleitos no primeiro turno. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



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