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Indicado pelo presidente Lula para comandar o Banco Central a partir de janeiro, Gabriel Galípolo (foto) será sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) de Senado após o primeiro turno da eleição municipal.
No mesmo dia o plenário votará, e sua aprovação será um marco no Brasil. Nas conversas que tem mantido com senadores, Galípolo tem defendido um amplo diálogo sobre a autonomia financeira do BC.
Ao contrário do atual presidente, o neto de Roberto Campos, Galipolo tem evitado se comprometer com a PEC que concede autonomia total ao BC, em tramitação na CCJ do Senado.
Galípolo segue a linha das declarações que já fez. Para ele, “a ideia de autonomia não está relacionada a virar as costas para a sociedade ou não prestar contas à sociedade e ao governo democraticamente eleito”.
É uma forma de colocar barreiras aos interesses dos bancos, que mandam no BC, que deveria ser uma autoridade reguladora e não um capacho. Galípolo tem tudo para fazer o BC voltar a defender os interesses do Estado brasileiro, e não dos donos do dinheiro.
É corretíssima a ideia de respeito ao governo democraticamente eleito, que tem mandato da sociedade para executar as políticas colocadas na campanha eleitoral.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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