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A Confederação Nacional do Comércio indica que a intenção de consumo dos brasileiros cresceu 5,1% neste mês, na comparação com o mesmo período de 2023.
Conforme pesquisa da Kantar/Worldpanel, além de consumir mais, as famílias das classes D e E, de renda mensal de até R$ 3,2 mil, estão consumindo melhor.
Com renda maior e inflação em queda, os carrinhos dos supermercados agora estão sendo abastecidos com mais itens como iogurte, chocolate, creme de leite, bebidas, ração para pets e carnes, cujas vendas cresceram de 4,5% a 10% neste ano.
Segundo o Banco Central, isso não é nada bom. De acordo com a ata da última reunião do Copom, que decidiu acabar com a queda dos juros, o Brasil tem uma atividade econômica “surpreendentemente” aquecida.
A ata menciona o mercado de trabalho e, em particular, o consumo das famílias “surpreendendo e divergindo do cenário de desaceleração previsto”.
Para o mercado financeiro, que tutela o Banco Central, o Brasil só pode dar certo se tiver sua gente morrendo de fome, e o governo à mingua. Em outra frente de pressão, na fiscal, o mercado tem exigido que o governo corte o Orçamento.
A mais nova modalidade desse jogo macabro é exigir que o relatório trimestral de receitas e despesas a ser apresentado em 22 de julho preveja drástico corte no Orçamento deste ano, sob pena de o dólar subir mais e a bolsa despencar.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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