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Foto: Lula Marques/Agência Brasil |
A Câmara manteve preso o deputado Chiquinho Brazão, suspeito de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco, que resultou na morte também do motorista Anderson Gomes.
Foram 277 votos a favor da prisão e 129 pela soltura. O parlamentar ainda é alvo do Conselho de Ética para que seja cassado.
A votação, porém, deixou sinais importantes. A bancada do Rio de Janeiro, o PL bolsonarista e o União Brasil votaram em sua maioria pela soltura de Brazão.
O que se revela é que o miliciano que ocupou o Planalto mandou um vídeo a todos os deputados do PL pedindo voto pela soltura de Brazão.
Além de provocar uma afronta ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, advogava em causa própria. No desespero, deu uma banana para os alertas do partido de que a decisão de apoiar Brazão pode ter um alto preço nas urnas nas eleições municipais.
A votação mostrou, ainda, a covardia do presidente da Câmara, Arthur Lira. Colocado numa sinuca, liberou seu partido, o PP, para votar como quisesse. Acabou que o PP teve o maior número de abstenções (12), seguido do PL (5), MDB e PSD (3), União Brasil (2) e Avante, Podemos e PSDB (1).
É importante anotar como se comportaram essas legendas na avaliação de algo tão grave como a tentativa de soltura de um acusado de ser mandante de assassinato. É a mesma gente que defende pena de morte, mas para pobres e pretos. Quando se trata de um elemento da sua laia, a ideia é manter a liberdade, custe o que custar.
A eleição municipal está aí e o PL e o União Brasil podem e devem pagar o preço de seguir o bolsonarismo e tentar livrar a cara de um suspeito de assassinato.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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