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No nefasto domingo 25 de fevereiro, o circo armado pelo pastor Silas Malafaia na Avenida Paulista foi planejado para dar ao miliciano o palco ideal para seu teatro do absurdo, para ampliar sua vitimização e apelar por clemência.
O efeito político foi zero, assim como o prático. Nos dias seguintes, ministros do STF deixaram claro que se o Congresso vier a aprovar uma anistia para os golpistas ela será derrubada pela Corte.
Para os golpistas, o pior estava por vir e chegou no primeiro dia deste março. Em depoimento de oito horas à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Freire Gomes (foto) deixou claro que o miliciano e seu entorno, incluindo o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, deram ordens, não acatadas, para executar duas minutas golpistas.
O ex-comandante da Aeronáutica Batista Júnior ratificou o dito por Gomes.
O entendimento de ministros do STF e de especialistas é de que os depoimentos são mais impactantes do que uma delação premiada. São mais punitivos para o miliciano do que o declarado por Cid Gomes.
Para eles, os depoimentos contêm revelações de testemunhas, não de um criminoso à procura de benefício judicial.
Freire Gomes ameaçou o miliciano de prisão quando este insistiu na tese golpista. E, por isso, virou alvo dos integrantes da gangue. Conforme consta do inquérito, o então candidato a vice-presidente, Braga Neto, ordenou ataques ao “cagão” nas redes sociais.
Agora, de “cagão” Freire Gomes virou “traidor” por ter cumprido a lei.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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