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Malhado nos últimos anos pela extrema direita, o STF passou a alvo da imprensa e de outros segmentos menos retrógrados nos últimos tempos. Cada um por uma razão, o Supremo volta, assim, a ser quase uma unanimidade como alvo no dia de Judas.
Mas não é na Suprema Corte que estão os maiores descalabros do Judiciário. A primeira instância é um antro. No final dos anos 1970, acompanhei de perto um caso no qual um juiz chamado Luis Antonio San Juan França humilhou um menor de idade na comarca de Lorena e por motivos políticos o mandou para a cadeia, junto de outros presos. Uma aberração jurídica só cancelada graças a um habeas corpus concedido pelo TJ-SP.
Recentemente, em outra esfera do judiciário, ficou famosa a juíza catarinense (só podia, né), da Justiça Trabalhista, que gritou com uma testemunha porque exigia ser chamada de “excelência”. De forma autoritária, contrariou a lei e cancelou o depoimento por isso.
No começo de novembro, na Bahia, um desembargador do TJ que estava de plantão num final de semana aproveitou o marasmo do período para libertar o líder de uma facção criminosa. Achou que ninguém ia perceber.
A última é que o pagamento de indenizações retroativas a magistrados somou R$ 3,4 bilhões desde janeiro de 2021 até outubro passado. São mais de 19 mil juízes que receberam algum desses penduricalhos, como classifica o jornal O Globo. Assim, a classe de suas excelências contribui para a instituição de supersalários no Brasil.
De aberrações jurídicas a casos de corrupção explícita, passando por uma boquinha bem gulosa para levar vantagem, os juízes brasileiros são uma vergonha, salvo as raras exceções. São autoritários, corruptos, influenciados politicamente e arrogantes. Merecem todas as censuras.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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