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Hospital Santa Rosa de Lima: de janeiro a abril de 2023, gastos com atendimento foram de R$ 1,198 milhão |
O Hospital Santa Rosa de Lima gastou R$ 1,198 milhão no primeiro quadrimestre do ano para oferecer 15.166 atendimentos à população de Serra Negra, uma média de 126 atendimentos diários entre janeiro e abril de 2023. A maior demanda é na área de ortopedia, que registrou 604 consultas, uma média de cinco atendimentos diários.
Os dados constam no balanço dos serviços municipais de saúde no primeiro quadrimestre, apresentado na segunda-feira, 29 de maio, pela Secretaria de Saúde ao Conselho Municipal de Saúde.
O principal gasto da instituição é com mão de obra especializada. O hospital investiu R$ 741 mil na contratação de médicos e R$ 117 mil para manter a equipe de enfermagem. O segundo maior gasto é com medicamentos e insumos, que custaram R$ 125 mil.
O Hospital Santa Rosa de Lima investiu ainda R$ 60 mil em serviços de recepção e R$ 80 mil com raio X. Mais R$ 60 mil foram gastos com outras despesas, como água, luz, telefone e manutenção de equipamentos, entre outras.
Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) própria, o hospital realizou a transferência de 93 pacientes para UTIs de hospitais de outros municípios. No total foram registradas 335 internações. O relatório informa que a instituição realizou 40 partos, dos quais 33 cesáreas e sete normais.
No documento não consta o número de consultas pediátricas realizadas no período, provavelmente porque só a partir de março é que a instituição ampliou o atendimento presencial de pediatras.
Críticas da população
Os repasses de recursos da prefeitura para a manutenção do Pronto-Socorro, no entanto, não evitaram reclamações da população contra o atendimento no hospital, que chegou a ser alvo de reportagem na mídia regional, e irritaram o presidente da Câmara Municipal, Wagner Del Buono, o Waguinho do Hospital, funcionário do departamento de raio X da instituição. Além de rebater as críticas, Waguinho admitiu que há sobrecarga de trabalho no Pronto-Socorro, que tem atendido até 160 pessoas por dia.
Moradores chegaram a marcar os perfis dos vereadores em suas postagens no Facebook com reclamações e reivindicações de melhoria nos serviços de saúde da cidade. Os investimentos na área da saúde foram comparados aos do turismo, que na opinião de moradores tem sido a prioridade da administração local.
"No Facebook a pessoa queria que o médico pedisse exame, mas a conduta médica é do médico, não decisão minha", afirmou Waguinho. "Antes de bater deveria ver o que está acontecendo, o médico é que tem de decidir o que está fazendo", acrescentou, ameaçando abandonar as redes sociais e processar os internautas por difamação e injúria.
O vereador César Augusto Borboni, o Ney, disse que a sobrecarga no Pronto-Socorro poderia ser aliviada se a população seguisse o Protocolo de Manchester, um método de triagem que classifica a prioridade de atendimento dos pacientes e que pode ser visualizada na área do Pronto-Socorro. Por esse método, uma parcela significativa dos pacientes deveria procurar os postos de saúde. Para o vereador, a maioria das críticas vem de pacientes classificados entre as últimas a serem atendidas pelo critério de urgência do protocolo.
"Se as pessoas colocassem a mão no coração e enxergassem, se perguntariam se precisam mesmo estar aqui ou se poderiam esperar. Com isso, o número de pacientes no hospital cairia pela metade", afirmou.
O vereador criticou também o artigo "Nosso hospital não pode ser tratado como a Geni da canção" do jornalista Carlos Motta, publicado no Viva! Serra Negra (leia aqui) que atribui parte da responsabilidade pela situação crítica do hospital a políticos. "A impressão que dá é que é do interesse de alguns que essa crise seja permanente. Pois há políticos que lucram com ela. Afinal, o hospital é uma fonte enorme de clientelismo. Há sempre um vereador, um secretário, alguém ligado à prefeitura, pronto para "quebrar um galho" de algum munícipe - algum eleitor", diz o artigo.
Saúde é tema de "live"
O tema "Saúde na Cidade" será debatido pelo podcast Fala Serra Negra que conversa sobre o assunto com a vereadora Ana Bárbara Magaldi, na terça-feira, 6 de junho, às 18h30, com transmissão ao vivo pela página do Facebook https://www.facebook.com/PODCIRCUITO.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada (ex-Estadão e Gazeta Mercantil) e editora do Viva! Serra Negra
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Claro, pra variar, a culpa é da vítima. No caso, da população, que devia conhecer o "Protocolo de Manchester" e decidir, por conta própria, se deve procurar atendimento medico ou deve "esperar mais um pouquinho". Legal, né?
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