//FERNANDO PESCIOTTA// Coveiro Garcia



O ainda governador Rodrigo Garcia fez nesta terça-feira (4) um grande esforço de marketing para explicar como ele conseguiu pegar um partido que caía pelas tabelas e levá-lo às catacumbas.

No maior fracasso eleitoral da história do PSDB, o sargento Garcia conseguiu interromper o longo reinado tucano no Estado, que remonta ao final dos anos 1990, por pura incompetência e arrogância.

Sem querer se vincular a João Doria, outro ser esquisito, mas que o impulsionou na carreira política, Garcia se perdeu e não deu nenhuma identidade à gestão, ao governo e a sua candidatura. Não era tucano, não era nada.

No começo da campanha ainda imaginava que Garcia utilizaria a propaganda gratuita e a máquina do governo para crescer nas pesquisas. Se revelou um fracasso.

Não conseguiu porque não tem nenhuma identidade com o PSDB. Nunca se sentiu em casa e deve voltar ao União Brasil.

Em vez de ter a hombridade de buscar seu rumo primeiro, jogou o PSDB no colo do bolsonarismo, o mesmo bolsonarismo que o chamou de tudo de ruim nos últimos anos e pisou na sua garganta durante toda a campanha.

Para completar a vergonha alheia, o candidato bolsonarista recusou a ajuda e disse que não quer Garcia em seu palanque. Dispensou a pelica para dar a bofetada.

Enquanto Garcia se joga no colo do genocida, expoentes do PSDB, como cinco de seus ex-presidentes, endossam o voto em Lula, seguindo os passos do PDT e até do Cidadania, que oficializaram o apoio à democracia, a Lula.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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