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Uma das melhores estratégias de campanha de Lula é deixar Bolsonaro falar. Quanto mais ele abrir a boca, melhor.
Na propaganda eleitoral oficial que a mídia chama de live, ele lamentou a derrota no Nordeste, onde Lula tem a mais expressiva votação, dizendo que a região tem “muito analfabetismo”. Com poucos votos e sem palanque no Nordeste, Bolsonaro agride a população local e os descendentes de nordestinos espalhados por todo o País.
Ao explicitar o que realmente pensam seus eleitores, e com o que ele concorda, Bolsonaro mexeu num vespeiro. A reação é a pior possível, complicando ainda mais sua necessidade desesperadora de aumentar os votos no Nordeste.
Lula reagiu com uma frase de impacto, típica de rede social: “Quem tiver um pingo de sangue nordestino não voto nesse negacionista, nesse monstro”, afirmou.
O petista é craque na comunicação com o povo mais sofrido por empatia e proximidade. O extremo oposto do seu adversário. Prova disso é que horas depois Bolsonaro pediu a empresários que falem com os “mais humildes”, para convencê-los de que essa história de comer picanha se Lula ganhar é “promessa mirabolante”.
Vários absurdos numa frase de poucas letras. Bolsonaro acha impossível que todos possamos comer picanha e não tem capacidade para convencer as pessoas disso, manda alguém fazê-lo em seu lugar.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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