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As denúncias de agressão contra a mulher continuam estáveis em Serra Negra, mas aumentaram os casos de agressividade contra crianças e adolescentes. A violência doméstica será tema de palestras que serão realizadas na próxima semana dentro da programação da campanha Agosto Lilás.
A campanha, de âmbito nacional, tem como objetivo divulgar a Lei Maria da Penha, que definiu como crime a violência contra a mulher e estabeleceu punição aos agressores.
No ano passado, 1.341 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado de São Paulo. O número é 1,7% menor do que o de 2020, mas aumentaram outros tipos de violência contra mulheres, entre as quais lesão corporal dolosa, além das chamadas de emergência no 190, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança.
Os índices de violência doméstica em Serra Negra permaneceram estáveis mesmo durante a pandemia, segundo dados policiais do município. As principais vítimas das agressões familiares na cidade, no entanto, têm sido as crianças e adolescentes.
“Aumentou a violência contra criança e adolescente, mas não contra a mulher”, disse o delegado de polícia de Serra Negra Rodrigo Cantadori, durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), realizada no início do mês.
O delegado informou que o número de ocorrências de agressão contra a mulher registradas não só se mantém estável como chegou a diminuir em alguns períodos. “O levantamento feito indica que a violência contra a mulher não aconteceu, mas a gente sabe que no Estado de forma geral houve um crescimento”, disse.
Valéria Buchala, integrante do Conseg, avalia que muitos casos não chegam a ser denunciados por receio da vítima. Para o delegado, no entanto, a variação do número de ocorrências informadas tende a indicar a tendência dos casos comunicados ou não.
“Se aumentam os casos não vai tudo para a zona de sombra, como chamamos os não comunicados, uma grande grande parte vai para a comunicação formal”, explicou. “Não teve aumento mesmo nos fatos comunicados e isso remete que a zona de sombra foi responsável por manter a média”, concluiu.
Três palestras, por enquanto, foram confirmadas para a próxima semana. Uma delas é iniciativa da Frente Parlamentar de Direitos das Mulheres da Câmara Municipal que terá como tema “É hora de quebrar o silêncio”.
A palestra será proferida pela advogada especialista em processo civil de Campinas, Raquel Tamassia, formada pela Pontifícia Universidade Católica. O evento será na quinta-feira, 25 de agosto, no plenário da Câmara Municipal, localizada no mezanino do Centro de Convenções do Circuito das Águas Paulista.
O Conseg vai promover pelo menos duas palestras em escolas da rede estadual de ensino. O palestrante convidado é o juiz Carlos Eduardo Silos de Araújo. No dia 24 de agosto, quarta-feira, às 11 horas, a palestra será na Escola Estadual Professora Amélia Massaro, Bairro das Posses.
No dia 31 de agosto, às 11 horas, o juiz vai conversar com os alunos da Escola Estadual Romeu Campos Vergal, no Parque Fonte São Luiz.
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Salete Silva é jornalista profissional diplomada (ex-Gazeta Mercantil e Estadão) e editora do Viva! Serra Negra.
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