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Os governadores a serem eleitos em outubro terão grandes desafios. Receberão uma montanha de problemas, uma herança maldita da gestão Bolsonaro, uma conjuntura que não favorece as contas dos Estados e com desmonte das áreas sociais.
O que se tem visto até agora é um esforço das atuais gestões em buscar compensações pela ausência do governo federal.
A despeito da queda de receitas, provocada pelas mudanças tributárias que visam a reeleição de Bolsonaro, os investimentos dos Estados cresceram 176% acima da inflação no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado.
O investimento representa 10% do total de despesas dos Estados, ante 4% no primeiro semestre de 2021.
Educação, urbanismo, habitação, saneamento, assistência social, trabalho, cultura e transporte estão no foco desses investimentos.
O Estado de São Paulo terá um desafio ainda maior na educação. Dono da segunda maior rede pública de ensino, perdendo apenas para a Alemanha, São Paulo vive resquícios da pandemia que impõem necessidade adicional de energia para se recuperar. Por sorte, temos a chance de eleger aquele que foi o melhor ministro da Educação das últimas décadas.
O cenário reforça a importância cada vez maior do voto para governador. Com muita sorte, o Brasil será um país em reconstrução a partir de janeiro, será uma longa jornada, que precisará, para nossa vida cotidiana, da ajuda de gestores que se preocupem com o social, com o trabalho em comunidade, em conjunto com os municípios.
Todos os cargos eletivos são importantes e merecem reflexão, consciência e racionalidade, mas poucas vezes na história o voto para governador e as casas legislativas foi tão importante.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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