//FERNANDO PESCIOTTA/ Cenário diferente



Os números da última pesquisa Ipec para o governo de São Paulo mostram que tudo pode acontecer na eleição.

O levantamento indica a liderança de Fernando Haddad, com 32% das intenções de voto. Aparentemente, o forasteiro Tarcísio de Freitas, com 17%, leva boa vantagem sobre o governador Rodrigo Garcia, que patina nos 10%.

Mas é no detalhamento que a pesquisa enriquece o poder de análise. A soma dos demais candidatos é de 7%, o que indicaria, dentro da margem de erro de dois pontos porcentuais, a possibilidade de vitória de Haddad ainda no primeiro turno.

O problema para o petista é que ele tem a maior rejeição, também de 32%, ante 14% do forasteiro apoiado pelo genocida. A menor rejeição dos candidatos com algum potencial de vitória é de Garcia (8%), o que poderia alavancá-lo para ultrapassar Feitas.

Ao contrário da disputa nacional, marcada por resistente estabilidade das intenções de voto de Lula e do genocida, a eleição para governador mostra-se totalmente aberta porque há 20% de indecisos, segundo a pesquisa do Ipec.

Além disso, outros 15% dizem que votarão em  branco ou nem vão votar. Conforme a campanha avance, esse grande contingente pode se mover. Tudo ainda pode acontecer, como a vitória de Haddad no primeiro turno, a ida de Garcia para o segundo lugar e até um empate técnico entre os candidatos – hipótese menos provável porque Haddad se consolidou há muitas semanas acima dos 30%.

Em mais alguns dias poderemos saber se os candidatos estão conseguindo atrair a atenção desse enorme número de indecisos. Daí a importância dos programas de rádio e TV e da apresentação de propostas e até do boca-a-boca. 

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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