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A fábrica de fake news instalada no terceiro andar do Palácio do Planalto tem distribuído mensagens segundo as quais a indústria da Argentina e do Chile acabaram depois que a esquerda assumiu o poder nesses países.
Até uma lunática volta da Ford ao Brasil, abandonando o projeto de fabricação de carros na Argentina, é mencionada nessas mensagens.
No caso do Chile, a mentira é hilária. Afinal, a indústria do país foi dizimada pela equipe econômica que tinha um tal de Paulo Guedes, durante a ditadura de Pinochet, nos anos 1970/80.
Não sobrou nada. O país vive da poupança dos ricos fundos de pensão, da produção de vinho e da exportação de cobre.
A estratégia de impor o medo foi tentada na Colômbia e fracassou. Neste domingo (19) Gustavo Petro se tornou o primeiro presidente de esquerda do país, ampliando o cerco a Bolsonaro.
A Colômbia tem um histórico direitista, é membro da OCDE – sonho de Guedes – e aliada da Otan. Até a eleição deste domingo, era um conjunto de cês: conservadora, careta, concentradora de renda, colonialista e capacho dos interesses norte-americanos, o que só aumenta a grandeza da vitória de Petro, que tem como vice a negra Francía Márquez, ativista ambiental.
Como sempre, a indústria de fake news do Planalto se baseia em seus próprios problemas e os projeta a terceiros. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se queixa de que a indústria de transformação perdeu espaço nas exportações brasileiras e no comércio global de manufaturados.
A pauta exportadora se concentra em itens primários, com perda da participação dos bens manufaturados, sobretudo os mais intensivos em tecnologia. Sob esse governo (?), a indústria virou sucata.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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