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A pandemia voltou com tudo. No Brasil e em Serra Negra. No período de 42 dias, desde 25 de abril até 6 de junho, a cidade registrou mais 500 casos de covid-19 - casos notificados, diga-se, ou seja, de pacientes que passaram por testes. O número real deve ser bem maior, mas vamos ficar com esses.
Uma conta simples mostra que nesses 42 dias houve uma média de 11 novos casos a cada 24 horas. O problema é que os boletins da prefeitura, agora semanais, indicam que o número de infectados cresce a cada dia. O boletim anterior a este último apontava pouco mais de 100 pessoas contaminadas; o último mostra 166.
A covid-19 já atingiu, segundo os dados oficiais, 5.675 moradores de Serra Negra. Grosso modo, o coronavírus contaminou até agora um em cada cinco serranos.
Na segunda-feira, o prefeito Elmir Chedid editou novo decreto sobre a pandemia. O texto recomenda - isso mesmo, recomenda - que as pessoas usem máscaras de proteção facial "durante o deslocamento entre bens públicos abertos do município e em lugares privados fechados de atendimento ao público".
Ah, também obriga quem estiver com "sintomas gripais" a usar uma máscara.
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Enquanto isso, a vacinação contra a covid-19 definha na cidade. Hoje, quem quiser se vacinar tem de ir à unidade de saúde Dr. Firmino Cavenaghi, no Centro, um local pequeno demais para atender às necessidades neste momento da nova onda da pandemia.
O contraste com a estrutura que estava montada no Centro de Convenção é gritante.
O "Vacinômetro", ferramenta do governo estadual, indica que pouco menos de 20 mil moradores de Serra Negra tomaram a terceira dose da vacina. Ou seja, há cerca de 10 mil que não receberam essa dose de reforço - e muito mais pessoas sem a quarta dose.
Já se sabe que o coronavírus, em suas inúmeras mutações, consegue driblar a imunidade oferecida pelas vacinas e causa sintomas leves, felizmente, nos contaminados que receberam as doses de reforço.
Mas não se trata de uma "gripezinha". E mesmo que fosse, seria uma gripezinha que incapacita o paciente durante vários dias - sem contar todo o sofrimento que impõe a ele.
Fora a vacina, máscaras de proteção facial, ao lado do distanciamento (os bares continuam lotados), são a melhor proteção para quem não quer se infectar.
As pessoas de bom senso não deixaram de usá-las, mesmo quando a pandemia parecia ter ficado para trás.
Já quem despreza a vida sai pelas ruas como se tudo estivesse normal. Para esses, sr. prefeito, não há recomendação que dê jeito.
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Carlos Motta é jornalista profissional diplomado (ex-Estadão, Jornal da Tarde e Valor Econômico) e editor do Viva! Serra Negra.
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