//CIDADE// Atropelamento de cão provoca alerta sobre posse responsável de animais

Cães só podem sair às ruas com seus donos e com coleira de identificação


O atropelamento que matou um cachorro conhecido pelos serranos como Caramelo causou tristeza e indignação entre moradores, em especial voluntários em defesa da causa animal. A foto do cão morto sendo observado por Branquinho, cachorro que estava sempre em sua companhia, foi compartilhada nas redes sociais da cidade, na quarta-feira, 25 de maio.

Consternada com o ocorrido, a administradora da página Animais Perdidos em Serra Negra, Adriana De Biasi Dorigatti, procurou o Viva! Serra Negra para alertar a população sobre os riscos de manter os animais soltos e chamar a atenção dos donos de animais para a responsabilidade pela saúde, alimentação, carinho e também segurança dos bichos.

Adriana explicou que por razões culturais, parte da população da cidade tem o costume de deixar seus animais saírem para dar uma volta nas redondezas de suas residências. “Apesar de ser normal para algumas pessoas, a lei estabelece que o animal tem de possuir coleira com identificação e permanecer dentro das propriedades dos tutores”, salienta.

As saídas às ruas e os passeios só podem ocorrer com o cão portando uma guia e acompanhado dos responsáveis para evitar essas tragédias. Adriana explica que além de correr risco de acidentes e até de morte, os cachorros soltos nas ruas podem colocar em risco a vida das pessoas.

Ela lembrou que recentemente um cão adulto invadiu uma propriedade e atacou um cachorro de apenas três meses, causando ferimentos que o levaram ao sacrifício. Ciclistas e motociclistas de Serra Negra também são atacados com frequência por cachorros soltos nas ruas.

Adriana informou que o grupo Patrulha Animal Cidadã, que reúne voluntários em defesa da causa animal, está providenciando as medidas legais cabíveis contra os responsáveis por Caramelo e Branquinho, que estavam sob os cuidados da mesma pessoa.

Posse responsável

Adriana lembrou que a posse responsável implica manter uma coleira de identificação no pescoço do animal, que deve ficar na propriedade, alimentado com ração e vacinado regularmente com vacinas de qualidade.

A voluntária alerta para a aquisição de vacinas fora das clínicas veterinárias conhecidas por vacinas não éticas. “A pessoa acha que vacinou, mas o animal pega o vírus porque essas vacinas de agropecuária tem baixíssimo potencial de imunização”, alertou.

Adriana lembra ainda que a oferta de todas as vacinas não é obrigação do setor público. A vacinação do animal é obrigação do tutor assim que a tutela é concedida. Para levantar recursos para a causa animal, o grupo realiza três campanhas: ração solidária, coleta de óleo usado e coleta de tampinhas e alumínio. Os recursos levantados são destinados a procedimentos veterinários e castrações. 



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