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Fernando Pesciotta
As previsões se confirmaram: o Brasil virou pária. A comprovação foi dada na reunião do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
O que se viu em Roma foi um Bolsonaro totalmente isolado. Limitou-se a conversar com garçons. Seus assessores, então, conseguiram convencer Recep Erdogan, o ditador da Turquia, a trocar umas palavras com o brasileiro.
Em dois minutos, foram inúmeras mentiras. Bolsonaro disse que tem independência para fazer nomeações. Ocultou a presença do Centrão nos postos-chave do Planalto e do Bolsolão, o escandaloso esquema de distribuição de R$ 3 bilhões.
Erdogan ouviu, ainda, que Bolsonaro está com sua popularidade em alta e que a economia se recupera como um foguete.
Mais constrangedor foi ver o primeiro-ministro Mario Draghi estender a mão para cumprimentar todos os líderes mundiais presentes, menos um. Sabendo que o genocida não tomou a vacina contra a covid-19, Draghi passou batido por Bolsonaro, que nem aparece na foto oficial do evento, quando os verdadeiros líderes visitaram a Fontana de Trevi.
Perguntado por um jornalista sobre as razões de não ir à COP26, esbofeteou todos os brasileiros: “Não te devo satisfação”.
Junte-se às crises econômica e política a falta de confiança dos investidores, que levam seus recursos para outros países. E se depender de serem convencidos por aquele que deveria ser o principal líder e articular do País, a fuga só vai continuar.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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