//SAÚDE// Ainda é cedo para suspender uso de máscaras de proteção, diz secretário

Ricardo Minosso, secretário de Saúde: ainda há preocupação com a evolução da pandemia


O secretário municipal de Saúde, Ricardo Minosso, considera ainda precoce a suspensão do uso obrigatório de máscaras de proteção em Serra Negra. Embora a Prefeitura de São Paulo tenha mantido a obrigatoriedade, algumas cidades e capitais do país, como Rio de Janeiro e Brasília, começaram a abolir a exigência.

Em entrevista ao Viva! Serra Negra, Minosso disse que não considera este ainda o momento ideal para liberar o uso das máscaras e se manifestou preocupado com aglomerações e o comportamento de parte da população, como se a pandemia já tivesse acabado.

 “Particularmente, não quero e não vou fazer campanha para tirar a máscara. Alguns municípios no Rio estão fazendo, mas eu, particularmente, considero precoce, e por tudo o que a gente passou, não sei se seria o momento ainda”, afirmou.

O secretário lembrou que a situação da pandemia no município está mais tranquila há praticamente dois meses.  Entre os dias 22 e 27 de outubro foi registrado apenas um novo caso de covid-19 em Serra Negra.

“A gente vem numa onda de 60 dias, em que a média no Hospital Santa Rosa de Lima não chega a uma internação por dia. Tem semanas que não tive nenhuma. Semana passada foram registradas duas internações em cinco dias”, relatou.

Apesar da queda no número de casos e de internações, Minosso acha que ainda há grande insegurança em relação à evolução da pandemia.

 “A gente já viu que em 30 dias a coisa desandou. Tudo o que já passamos pode se perder e é a população que vai perder com isso”, afirmou.

Vacinação

Cerca de 82% da população de Serra Negra já tomou pelo menos a primeira dose e 70% já recebeu as duas doses ou dose única. 

O cálculo foi feito com base nas informações do site Vacina Já, do governo do Estado de São Paulo.

Segundo o site, já foram ofertadas no município 47.571 doses até 28 de outubro. Receberam a primeira dose 24.032 serranos. Com a segunda dose completa foram vacinados 20.631 munícipes, e 637 com dose única.

O presidente da Câmara Municipal, César Borboni, manifestou na última sessão da Câmara Municipal, segunda-feira, 25 de outubro, a preocupação com a estimativa de que 1.800 serranos não teriam voltado para tomar a primeira dose da vacina.

“É um número grande. 92% das pessoas que estão morrendo não estão vacinadas. Esquece Bolsonaro, Doria, a vacina está salvando vidas”, afirmou.

 O secretário de Saúde, no entanto, esclareceu que, nas suas estimativas, cerca de 1,2 mil ainda não se vacinaram com a segunda dose. 

"Com base no site Vacina Já, no dia 27 de outubro, entre Coronavac, Astrazeneca e Pfizer, cerca de 1,2 mil estão com a segunda dose atrasada”, disse. Ele lembrou que a prefeitura realizou um mutirão de vacinação no sábado, 23 de outubro o dia todo, e domingo, 23 de outubro, até às 13 horas para ampliar a vacinação em Serra Negra. 

“Esta semana estamos trabalhando até às 18 horas para vacinar todos os cidadãos”, ressaltou. Para o secretário, a maior parte dos serranos atrasados na vacinação não voltou para a segunda dose, provavelmente, por não ter conhecimento da antecipação da segunda dose pelo governo do Estado.

“Quem toma a Pfizer, por exemplo, recebeu o cartão com o prazo de 90 dias e provavelmente não soube que houve uma antecipação”, explicou. Apesar da divulgação realizada pela prefeitura, em especial nas redes sociais, o secretário admitiu que a informação não está chegando a toda a população. 

A secretaria faz também, segundo o secretário, o chamamento pelo WhatsApp dos serranos cadastrados na primeira dose. A sua maior preocupação, no entanto, é com as pessoas que não tomaram a primeira dose. “É um número pequeno, mas são esses que apresentam maior risco para desenvolver a forma grave da doença”, salientou.

Nos próximos dias, o Viva! Serra Negra publicará a entrevista concedida pelo secretário sobre diversos temas relacionados à saúde no município, como atendimento nos postos de saúde, a situação do Hospital Santa Rosa de Lima e a oferta de especialidades médicas, que será publicada em uma série de reportagens.



 


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