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Fernando Pesciotta
Duas decisões recentes são ótimos exemplos de como “pensa” e age o governo de mentes pervertidas: o veto ao projeto de lei da deputada Marília Arraes (PT-PE) prevendo a distribuição gratuita de itens de saúde menstrual a mulheres carentes e o corte de verbas para pesquisas e execuções científicas.
Bolsonaro vetou o projeto de Marília Arraes alegando que o texto não indica a fonte de recursos.
Mentiu. A proposta prevê que sejam usados recursos destinados pela União ao SUS e dinheiro do Fundo Penitenciário Nacional, no caso de mulheres encarceradas.
Entidades de diversas matizes fizeram duras críticas ao veto. Na rádio CBN, Ricardo Henriques, superintendente do Instituto Unibanco, lembrou que a carência de absorventes é um dos maiores motivos para a falta à aula.
Segundo a ONU, 25% das meninas brasileiras de 12 a 19 anos já deixaram de ir à escola alguma vez por não ter absorventes.
Líderes de movimentos sociais dizem que a relação dessas meninas com a menstruação é baseada na vergonha e no tabu, que prejudicam a saúde íntima.
A ausência desses itens de higiene menstrual é apontada como fator relevante no desequilíbrio psicológico de adolescentes de baixa renda.
Não descarto que o veto estúpido, desumano e sem sentido tenha motivação ideológica. A melhor resposta a ele é a derrubada no Congresso.
No Ministério de Ciência e Tecnologia, chefiado pelo vendedor de travesseiros Marcos Pontes, a tesourada de Bolsoguedes foi de R$ 600 milhões. Afinal, para que o País precisa colocar dinheiro em pesquisas científicas, não é?
O resultado do corte é que o Centro Nacional de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais pode nem sair do papel. Afinal, para que o País precisa de vacinas?
Para essa gente pervertida, o Brasil não precisa de ciência nem de uma sociedade sadia. Para nós, o País não precisa mesmo é de Bolsoguedes.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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