//ANÁLISE// Perda de renda afeta o comércio

                                                                                                                                                                                                                                 


Fernando Pesciotta


O Brasil avança aceleradamente na concentração de renda pela falta de políticas públicas de preservação de emprego e do poder de compra.

Dados compilados por uma consultoria econômica, a Tendências, revela que os pobres são cada vez mais numerosos e cada vez mais pobres, enquanto os ricos ficam cada vez mais ricos.

As classes D e E já somam mais gente do que todas as outras classes juntas. Representam 55% da população, o que define o País como predominantemente pobre, beirando o miserável.

Essa massa de pobreza vai crescer ainda mais no ano eleitoral de 2022, segundo a consultoria, mesmo que o governo consiga desfazer o nó que impede o surgimento do novo Bolsa Família.

A projeção é de agregação de mais 1,2 milhão de domicílios classificados como de classes D e E no ano que vem. São pessoas que vão perder 14% da sua renda e entrarão na faixa de pobreza.

A classe C, a segunda mais numerosa do País, respondendo por 29% do total, vai encolher em 514 mil domicílios, perdendo 2% de renda.

Por outro lado, na obscena realidade econômica de Bolsoguedes, as classes A e B ficarão 2% mais numerosas no total de domicílios e sua renda crescerá ligeiramente mais, 2,6%, reforçando a tendência de concentração de riqueza no Brasil.

O crescimento da pobreza é resultado do contínuo processo de perda de renda, que se aprofundou nos últimos 18 meses.

O posicionamento da extrema-direita representada por Bolsoguedes contraria o capitalismo. Em nome de um suposto liberalismo econômico, faz os mercados diminuírem.

Sem renda, as pessoas não compram, numa bola de neve que afeta do grande empresário ao pequeno comerciante. Todos só têm a perder, exceto aqueles que levam seu dinheiro para paraísos fiscais.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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