//ANÁLISE// Gargalhadas da morte

                                                                                                                                                                                                                                    


Fernando Pesciotta


Dentro das expectativas, a CPI do genocídio confirmou as acusações contra Bolsonaro, seu governo e aliados. São apontados como responsáveis pelo negacionismo como política de governo.

Bolsonaro é acusado de crimes contra a humanidade, prevaricação e charlatanismo – sorte dele, pois se fosse acusado de pedalada fiscal para pagar benefícios sociais seria imediatamente afastado.

Os crimes cometidos podem dar 40 anos de cadeia e impeachment. A história não perdoa omissos e condenará covardes, disse o relator.

A seita bolsonarista sentiu o golpe. Diante do recorde de menções negativas nas mídias sociais provocado pelo relatório da CPI, a rede de robôs do gabinete do ódio entrou em ação como nunca.

Você, leitor, provavelmente viu um post ou até recebeu uma mensagem com alguma lorota para defender o genocida.

Bolsonaro pode até alegar que fez a coisa certa, mas jamais poderá negar que investiu contra o distanciamento social, debochou do uso de máscaras, difundiu o curandeirismo do kit covid e apostou na difusão do vírus como “imunidade de rebanho”. Igual ao nazismo.

Ao ser indagado sobre as acusações ao papai, Flávio Bolsonaro deu gargalhadas. Resume, assim, como a família reage à pandemia que ceifou a vida de mais de 600 mil brasileiros: deboche e indiferença.

Pode ser, também, por acreditar na impunidade. Afinal, há décadas liderando milícias no Rio de Janeiro sem serem incomodados, os Bolsonaro acham que passarão ilesos em qualquer situação.

Os oficiais alemães também costumavam gargalhar diante dos relatos de como morriam as vítimas do nazismo e deu no que deu.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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