//ANÁLISE// Tirando os militares, está difícil achar dinheiro

                                                                                                                                                                                                            


Fernando Pesciotta


Dizem que é na dificuldade que se conhece o caráter das pessoas e se mede a competência do gestor.

Confesso que está tragicamente divertido acompanhar as tantas dificuldades do governo para fazer a economia andar.

O liberal presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, critica a política de preços da Petrobras.

Além de incoerente, Campos Neto age fora de suas atribuições, de forma política e sem esconder ambições por cargos.

Por outro lado, para fazer frente à enxurrada de revisões para baixo para a economia em 2022, o ministro Paulo Guedes responde que está “tudo pronto” para a retomada por meio do consumo.

Guedes não explica como teremos recursos para gastar, diante de tamanho desemprego, perda de renda, inflação, juros subindo e seletividade do crédito. Hoje em dia, só os militares têm dinheiro fácil.

Num passado não muito distante, os liberais crucificaram a presidenta Dilma Rousseff por supostamente interferir nos preços da Petrobras e por incentivar o consumo por meio da redução de juros.

A falta de coerência de Guedes e Campos Neto é clara demonstração do desespero que bate na equipe econômica diante da perspectiva de marasmo da economia em ano eleitoral.

Detalhe: as declarações de Campos Neto foram feitas num evento no BTG, banco criado em 1983 por...Guedes.

Lula inocente – Não sobrou mais nenhum processo contra Lula. As invencionices da Lava Jato foram todas superadas. Resta saber de quanto será a indenização a que ele tem direito. Deve dar muito mais até do que o montante que a família Bolsonaro acumulou roubando dinheiro público.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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