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Fernando Pesciotta
Como previsto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, leu nesta terça-feira (13) o ato de criação da CPI da Pandemia.
Numa demonstração de boa vontade com o governo, incluiu o repasse de recursos da União para Estados e municípios no foco das investigações.
As lideranças partidárias têm dez dias para indicar os integrantes da CPI. A definição de prazo freia a estratégia governista de retardar as indicações e atrasar a CPI.
Resta ao Planalto evitar que Renan Calheiros alcance a presidência ou a relatoria da comissão. Renan não esconde que pretende usar a CPI para vingar a eleição para presidente do Senado.
Renan, porém, é o favorito para ser o relator da CPI. A presidência deve ficar com o tucano Tasso Jereissati. Dos 11 integrantes, apenas quatro são declaradamente pró-governo.
A CPI pode até não dar em nada, mas Bolsonaro sente o cheiro do óleo esquentando. A comissão da OAB que analisa a conduta de Bolsonaro no combate à pandemia, por exemplo, concluiu que ele cometeu crime de responsabilidade e contra a humanidade ao fundar uma "República da Morte".
Segundo o relatório, “pode-se provar com segurança, e de acordo com as leis da natureza, que centenas de milhares de vidas teriam sido salvas caso o presidente e outras autoridades tivessem cumprido com o seu dever constitucional de zelar pela saúde pública”.
A CPI pode até não dar em nada, mas Bolsonaro está com medo e não consegue esconder isso. Ainda nesta terça-feira, diante de uma claque agitada, ele se queixou de críticas a seu governo e abandonou a conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada ao ser interrompido mais de uma vez.
Até os fanáticos estão questionando o genocida. Bolsonaro está com medo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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