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Carlos Motta
Em fevereiro, nove.
Em três dias de março, já fez uma vítima fatal.
Dez Serras Negras foram varridas do mapa pela doença.
Morrem pais, mães, avós, avôs, irmãos, irmãs, primos, primas, filhos.
O comércio morre em todo o país - lojas, bares e restaurantes fecham as portas.
A indústria, já combalida há anos, caminha a cada dia que passa para a extinção.
O desemprego, esse pesadelo, aumenta.
O tempo é de desesperança.
As autoridades se mostram indecisas, pusilânimes, covardes, sobre o que fazer.
Vivemos dias que serão lembrados no futuro como os mais difíceis da história.
Dias sem líderes capazes de tomar decisões mais que urgentes - imprescindíveis.
Dias em que a razão foi substituída pela ganância, a ciência pelo obscurantismo.
O cenário é desalentador.
O Brasil só sobreviverá a este desastre se tomar coragem de parar completamente tudo, absolutamente tudo, por algumas semanas, interrompendo a transmissão do coronavírus.
O mundo todo fez isso - e deu certo.
Continuar com esta insanidade que vivemos hoje é perpetuar o sofrimento de todos.
Já passou da hora de autoridades e empresários entenderem que estes não são dias normais.
São dias de guerra contra um inimigo invisível e letal.
Um inimigo que não perdoa ricos ou pobres.
Um inimigo de toda a humanidade.
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