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Fernando Pesciotta
O Brasil vive sucessivos recordes de mortes por covid-19, fruto da irresponsabilidade de Jair Bolsonaro e de parte da sociedade, aquela parcela que se aglomerou nas festas de fim de ano e no carnaval, entre outros atos inapropriados em tempos de pandemia.
Não falo dos trabalhadores que são obrigados a cumprir compromissos, mas de grande número de pessoas de classe média e de ricos que preferiram se orientar pelo tresloucado Messias em vez de ouvir a voz da racionalidade.
Seja como for, os hospitais não estão dando conta de tanta demanda e os profissionais da saúde vivem um caos dramático.
Jair Bolsonaro preferiu agir para privilegiar policiais. Ele tentou tirá-los da PEC Emergencial, a proposta de emenda à Constituição que traz de volta o auxílio emergencial, a ser pago durante quatro meses, e impede reajuste salarial do funcionalismo público. Esse mecanismo busca assegurar o respeito ao teto de gastos.
O presidente da União de Policiais do Brasil, Edvandir Paiva, revela ao Estadão que no domingo ele esteve reunido com Bolsonaro e ouviu a promessa de que a categoria ficaria fora da PEC.
Ou seja, os policiais de todo o País seriam privilegiados e não teriam os salários congelados, ao contrário dos servidores da saúde, professores etc.
Faz sentido na lógica bolsonarista. Liberar armas e valorizar policiais é tudo o que o capitão cloroquina tem feito. Agora que a Justiça pode ter liberado a candidatura de Lula, Bolsonaro vai reforçar a artilharia para tentar assegurar sua manutenção no poder nem que seja na força. Seria só mais uma tentativa de golpe.
O tiro, porém, pode sair pela culatra. Na madrugada desta quarta-feira (10), a Câmara aprovou o texto da PEC sem o privilégio aos policiais – uma segunda votação, com possíveis alterações, estava marcada para esta manhã.
Descontente com a quebra da promessa, o presidente da tal UPB ameaça deflagrar uma greve de policiais Brasil afora.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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