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Fernando Pesciotta
Em sua cavalgada ao lado do Centrão, o capitão cloroquina abre espaços na estrutura de governo para as legendas do bloco. Está disposto a rifar militares, enterrando de vez o discurso antipolítica que o levou ao Planalto.
O que mais tem chocado os segmentos conservadores, entretanto, é o enterro da Lava Jato, o que beneficiaria os ladrões do Centrão.
Tenho dúvidas, pois a Lava Jato foi criada para tirar empresas brasileiras do mercado, enfraquecer a Petrobras para que ela vendesse o pré-sal a preço de banana e para impedir que Lula e o PT continuassem no poder. A gangue de Moro e Dallagnol não encostaria um dedo nesses caras, assim como não encostaram em Aécio, Temer, FHC, Serra.
O que chama atenção nisso tudo é o papel da Polícia Federal. É um aparelho do Estado a serviço de criminosos.
A PF criou fama e ganhou popularidade por invadir a casa de políticos e empresários, por apreender o tablet de uma criança de seis anos.
A mesma Polícia Federal que não consegue descobrir quem mandou matar Marielle (sim, ela foi convocada a participar das investigações até se deparar com o nome de Carlos Bolsonaro entre os suspeitos).
A mesma Polícia Federal que não consegue identificar o navio que despejou toneladas de óleo nas praias do Nordeste. Tão eficiente que não tem nenhuma suposição sobre o esquema que levou 39 quilos de cocaína ao avião da FAB a serviço de Bolsonaro.
Parte da culpa é da imprensa, que no auge da Lava Jato não fez os devidos relatos e superdimensionou o papel da polícia. Na verdade, praticamente não houve investigação policial. As conclusões processuais se deram por delação. Moro mandava prender e pressionava os presos a contarem o que sabiam e, principalmente, o que não sabiam.
Faziam parte da estratégia política da Lava Jato as superoperações de marketing. Moro mandava a PF para determinado endereço e a PF avisava a TV Globo.
A PF sempre foi isso aí, uma polícia política, incompetente, autoritária, aparelhada e golpista. Está bem confortável com o coronel cloroquina, assim como estava numa Lava Jato que não passou de instrumento político. Agora sabe-se que, nas palavras de Deltan Dallagnol, a serviço da CIA, o serviço secreto dos EUA.
Parabéns a quem aplaudiu a Lava Jato.
Em tempo: em plena pandemia, cadê o ministro da Saúde?
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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