- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Fernando Pesciotta
O pouco caso de Jair Bolsonaro com a vida – dos outros, claro – não se limita a não fazer nada para evitar que mais de 173 mil brasileiros já tenham morrido por causa da sua incompetência no combate à pandemia. A atuação do governo é em larga escala para deixar as maiores mazelas avançarem no País.
A questão ambiental está inserida nesse contexto. Nem a presença do Exército na floresta impediu o desmatamento recorde da Amazônia. A alta foi de 9,5% de agosto de 2019 a julho deste ano, na comparação com igual período anterior.
Pode-se concluir que a força militar está apenas fazendo de conta que tenta preservar a Amazônia ou não tem mesmo nenhuma capacidade para impedir que madeireiros, grileiros e fazendeiros, armados com facas e motosserras, avancem ferozmente sobre a mata.
No período entre 2019 e 2020, foram derrubados 11.088 km² de floresta. Os dados consolidados são os primeiros totalmente sob responsabilidade do governo Bolsonaro.
O total desmatado é o maior em 12 anos. A constatação pode trazer prejuízos para a economia e atrair críticas de investidores internacionais e de importadores de produtos brasileiros.
Regressão política
O governador João Doria ficou meses tentando mostrar que é diferente de Bolsonaro. Acabou se revelando igual. Em nome do poder, da necessidade de vencer a eleição municipal para se alavancar à Presidência, fez pouco caso da vida dos paulistas.
Um dia após a vitória de Bruno Covas no segundo turno, Doria anunciou que São Paulo vai regredir para a fase amarela do plano de combate à pandemia.
As reportagens da imprensa lembram que especialistas vinham alertando para a expansão preocupante do coronavírus em São Paulo. A taxa de contágio cresceu em 15 das 22 regiões do Estado.
Nas redes sociais, perfis acrescentam que tanto Doria quanto Covas negaram até sábado a necessidade de medidas de restrição.
Médicos infectologistas dizem, segundo o UOL, que o governo estadual deveria ter retomado imediatamente as medidas restritivas assim que observou o aumento de casos. Para eles, Doria foi negligente.
Desembargadora na rachadinha
Publicamente conhecida como bolsonarista e condenada por danos morais ao mentir e ofender a memória da vereadora Marielle Franco, a desembargadora Marília de Castro Neves foi eleita para o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Trata-se do colegiado que vai avaliar e julgar as denúncias de corrupção e outros crimes de Flávio Bolsonaro.
O Tribunal não revelou quantos votos Marília teve para ser alçada a essa condição, o que deixa a questão no mínimo sem transparência e abre espaço para as piores ilações.
---------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.