//ANÁLISE// O negacionismo que mata o Brasil


Fernando Pesciotta

Na sua luta contra o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro continua na estratégia de negar a existência da doença. Em sua live nas redes sociais, pediu aos apoiadores que “arranjem um jeito de entrar nos hospitais” para tirar fotos e supostamente mostrar que estão vazios.

Para Bolsonaro, as milhares de mortes que mandou o Ministério da Saúde esconder não passam de simulações. Ou até de dissimulações. Em outro momento, em sua cabeça doentia, as mortes existem e devem ser creditadas a uma ação satânica da China.

O presidente se esforça cotidianamente em provar ao mundo todo, onde o Brasil passou a ser motivo de chacota, que o País não tem uma liderança. Não tem um condutor do processo de combate à pandemia e de recuperação econômica.

Todos se perguntam qual é a estratégia do governo para contornar a crise e retomar a produção, além da pressão pela abertura do comércio. Onde o País vai focar? Cadê o crédito para as empresas e pessoas físicas? E por falar em ausência, cadê o ministro da Economia?

Em vez de insistir nesse negacionismo barato, que chega a desrespeitar os brasileiros mortos e suas famílias ainda em dor, digno de um ser desprezível, Bolsonaro deveria arregaçar as mangas e trabalhar pela sociedade. Mas aí já é pedir demais a quem nunca fez isso em seus 50 anos como cidadão sustentado por dinheiro público.

Filhos

As redes sociais bombam com a revelação de que Flávio e Carlos Bolsonaro usam dinheiro em espécie para saldar uma dívida de R$ 31 mil. A operação com uma corretora de valores ocorreu em 2009. Ou seja, algo no mínimo estranho ocorre com essa família há tempos. Ou alguém acha normal andar pelas ruas do Rio de Janeiro com tanto dinheiro vivo?

-------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com

Comentários