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Fernando Pesciotta
As prévias do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre são ruins. E isso não tem nada a ver com coronavírus, pandemia, isolamento social. O próprio Banco Central prevê que a economia mostre encolhimento de 1,95% no período, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. A FGV fala em queda de 1%.
A crise provocada pela covid-19 só vai agravar uma situação que não era nada confortável. De novo, a fuga de capitais recorde só serve para corroborar o entendimento de que a condução da economia não atrai confiança.
Chama atenção na edição de hoje (28 de maio) dos principais jornais brasileiros a publicação de uma página publicitária com longo texto assinado por Vilmar Ferreira, presidente do Grupo Aço Cearense. Chama atenção pelo inusitado e por seu conteúdo. O empresário faz duras críticas à condução da política econômica.
O texto ressalta os diversos indicadores negativos, como a desvalorização do real, a fuga de capitais e a perda de reservais cambiais como demonstração de desarranjo. Considera não ser justo creditar o desastre do PIB no primeiro trimestre à pandemia, que só se abateu sobre o país na segunda quinzena de março. Até então, a economia já andava para trás, observa. Depois de citar diversos indicadores ruins e culpar o atual ministro, cujo nome não é nem mencionado, o empresário pede uma mudança na política econômica.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tradicionalmente divulga o PIB do primeiro trimestre no fim de maio. O site do instituto, porém, não tem a agenda de divulgação deste ano.
Fuga
A falta de confiança do investidor estrangeiro no país se confirma também com o balanço da dívida pública brasileira em março e abril. Conforme destaca a Folha, esses investidores venderam R$ 78,8 bilhões em títulos públicos brasileiros nos dois meses. Por causa dessa queda de demanda, o Tesouro reduziu a emissão. A conclusão é de que o capital global teme cada vez mais o risco Brasil.
Fake news
A operação da Polícia Federal, determinada pelo STF, contra agentes supostamente produtores e patrocinadores de notícias falsas irritou o presidente Jair Bolsonaro, como noticia a mídia. Mesmo não sendo alvo da operação, o presidente reuniu vários ministros para avaliar como o governo vai reagir. A expectativa criada é de confrontação com o Judiciário.
O ministro da Educação, convocado a explicar suas declarações ofensivas contra os ministros da suprema Corte, pediu habeas corpus. Se for negado, ameaça desobedecer à ordem. Ontem à noite, o senador Eduardo Bolsonaro disse que tem participado de reuniões nas quais são discutidos “rompimento” e “cisão”, destaca o Estadão.
Como a determinação do ministro Alexandre de Moraes é para que sejam investigados supostos patrocínios ilegais de fake news na campanha de 2018, nas redes sociais parlamentares de oposição falam na possibilidade de anulação do pleito e a necessidade de convocação de nova eleição presidencial.
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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