Analistas brasileiros e estrangeiros consideram que a investida de Donald Trump contra o Brasil e, mais especificamente, contra o governo Lula, pode sair pela culatra. Consideram que o viés político da imposição tarifária torna Lula mais popular e o fortalece.
Essa é a opinião, por exemplo, de Alex Soros, à frente do império com ativos de US$ 25 bilhões para patrocinar ações progressistas em todo o mundo.
A associação de empresas de pesquisas constatou que apenas 19% dos brasileiros dizem ter plena compreensão da imposição tarifária, 43% conhecem o tema de forma superficial e 26% não têm certeza ou nunca ouviram falar do assunto.
É muita gente sem saber do que se trata, o que é um perigo, mas ao mesmo tempo pode ser uma grande oportunidade para a boa pedagogia. A bola, assim, está com a comunicação do governo.
Mas é preciso muito esforço para se contrapor à estupidez. Gente ignorante e sem compromisso com a verdade é capaz de muita coisa ruim. O Banco do Brasil tem sido alvo dessa maledicência. Desde o anúncio da sanção contra o ministro Alexandre de Moraes, o banco é vítima da sordidez nas redes sociais.
Influenciadores sugerem que as pessoas tirem dinheiro do BB com o argumento de que a instituição poderá sofrer restrições do governo americano, o que é mentira.
Tem muito mais em jogo, como a ira do imperador laranja contra o Brics e o temor da família miliciana. Mas a oportunidade continua para Lula, temperando ações de comunicação e respostas às sanções.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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