Principalmente no mundo político, onde paranoias e alucinações assombram todo mundo, nem sempre as coisas são como parecem ser.
Na semana passada, logo após o presidente Lula confirmar a indicação de Jorge Messias para o STF, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pautou para terça-feira (25) a votação de uma bomba fiscal.
Alcolumbre tirou da gaveta uma proposta de regulamentação da aposentadoria especial de agentes comunitários de saúde que se for aprovada pode comprometer a meta fiscal do governo, tirando recursos de ações sociais e outras prioridades.
A irritação de sua excelência seria porque ele defende a ida de seu antecessor, Rodrigo Pacheco, para o STF. Quer tirar do presidente da República a prerrogativa constitucional de indicação de ministros da Suprema Corte.
Na verdade, porém, Alcolumbre está irritado por causa das ações do Banco Central e da Polícia Federal contra o Banco Master, cujo presidente, Daniel Vorcaro, foi preso na semana passada.
A partir das investigações dos muitos crimes cometidos no Master descobriu-se que a Amapá Previdência, fundo de pensão dos servidores públicos daquele Estado, investiu R$ 400 milhões na trambicagem de Vorcaro. O presidente da Amprev, Jocildo Lemos, é um conhecido operador de Alcolumbre no Amapá.
Tem muita gente ruim envolvida com os crimes de Vorcaro, mas Alcolumbre não tem vergonha de ameaçar todo o País para garantir sua imunidade.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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