//FERNANDO PESCIOTTA// Cultura como política pública



Quando Lula foi eleito presidente para seu primeiro mandato, em 2002, as urnas indicaram que o Brasil queria uma correção de rota, um olhar mais atento às classes menos favorecidas. Lula se reelegeu e voltaria ao poder porque respondeu às demandas.

Convenhamos que a tarefa foi facilitada porque o País estava mais ou menos estruturado. Reformas, certas ou erradas, vinham em curso.

Desta vez, porém, ele pegou uma terra arrasada. A “gestão” do miliciano destruiu o País. Está sendo preciso reconstruir tudo, quase do zero.

Após corrigir os rumos da economia, aprovar reformas estruturantes, como a tributária, aprofundar os debates na segurança pública e avançar na distribuição de renda, Lula agora mira a cultura.

O Plano Nacional de Cultura chega ao Congresso pressupondo a orientação de políticas públicas para o setor, de forma a estruturá-lo melhor para os próximos dez anos.

Se a gestão da extrema-direita jogou a cultura no lixo, agora o governo reafirma a necessidade de tê-la como política de Estado, um pilar estratégico da democracia, da soberania e de um desenvolvimento socialmente justo, como o plano é justificado pelo Planalto.

A proposta prevê a criação de uma Comissão Intergestores Tripartite, uma instância permanente de diálogo entre União, Estados e municípios para a implementação das políticas públicas de cultura. Ou seja, para assegurar que o plano se reverta em prática e chegue ao cidadão de todas as cidades do País.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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