- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma gigantesca rede de corrupção estava rolando debaixo do nariz de muita gente e ninguém fez nada. Precisou o Ministério Público entrar no circuito para tentar parar a sangria de dinheiro público.
Foi a partir da percepção de que uma empresa inexpressiva, chamada Smart Tax, teve uma variação patrimonial “absurda”, de R$ 2 bilhões, que as autoridades passaram a desconfiar de algo muito sombrio, levando à prisão o dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira (foto).
A Smart Tax é uma empresa registrada em nome de Kimio Mizukami da Silva, mãe do auditor fiscal Arthur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo. Ele usou a empresa da mãe para receber mais de R$ 1 bilhão em propina. Silva Neto também foi preso, assim como um diretor da rede de lojas de eletroeletrônicos Fast Shop.
Segundo o MP, Silva Neto manipulou processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas varejistas. Em troca, recebia pagamentos mensais feitos à Smart Tax.
Mais gente poderosa pode estar no esquema. O MP desconfia da Kalunga e da rede de mercados Oxxo, sociedade da Femsa (fabricante de Coca-Cola) com a Shell, que no Brasil está sob controle da Cosan, do empresário superpoderoso Rubens Ometto, cuja fortuna é avaliada em US$ 1,4 bilhão.
Tudo gente de bem, que arrota discurso moralista. São patriotas, de família e eleitores da extrema-direita. Não falha uma.
-----------------------
Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários
Postar um comentário
Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.