O projeto de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e que na prática vai beneficiar quem ganha até R$ 7,3 mil, deve ser aprovado “como está”, avaliam integrantes do governo. Mas os donos do dinheiro se mexem para que isso não aconteça.
Há pressões do centrão para que o pacote seja alterado. A proposta, aprovada por unanimidade em comissão especial da Câmara, prevê que os endinheirados, hoje isentos, passem a pagar 10% de Imposto de Renda para compensar o alívio para os assalariados. Integrantes do centrão são contra taxar os ricaços.
A previsão é de que a isenção para uma faixa maior de renda custe R$ 28,5 bilhões.
O ministro Fernando Haddad diz confiar no acordo firmado com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para a aprovação da proposta do jeito que está. Até o relator da matéria, Arthur Lira, concorda que assim seja, mas sempre tem um centrão para provar que o Congresso pode ser pior do que se imagina.
É preciso avisar essa gente que eles não estão com essa bola toda para evitar que super-ricos paguem imposto. E se continuarem com a ideia de aprovar a PEC da Impunidade, que tiraria qualquer possibilidade de deputados serem atingidos pela Justiça, aí que a imagem deles vai para o vinagre mesmo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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